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Artigo

Vida e morte de um herói do 13 BC - Capítulo III

  • Álbum de família - Em dia de festa (1ª comunhão de uma das filhas) a família é reunida para foto em frente a nova casa ? Etelvino, o futuro soldado 768 do 13 BC, então com16 ou 17 anos, está atrás da irmã vestida de branco ? Foto dos anos 1937/1938

Capítulo II   -  Da Redação 12/12 - 20:27 horas - Depois de alguns anos, tempo suficiente para Etelvino ganhar mais uma irmã e um irmão, Thomaz se preparava para encerrar sua fase como feitor da indústria de telhas no Jarivatuba e iniciar a execução de empreendimento próprio. Para Etelvino, havia chegado o momento de se despedir da escolinha, da professora Greice, de seus coleguinhas de estudo e do cão Fleck. Quando  Thomaz levou ao empresário Emilio Stock Sênior a comunicação que deixaria empresa, o que ouviu fez seu coração balançar.

Entre as vantagens oferecidas para não perder o empregado, o empresário, um dos maiores proprietários de terras em Joinville, ofereceu uma grande área entre a Estada da Serra, atual rua Dona Francisca e a Rua do Norte, atual Dr. João Colin, para Thomaz pagar em parcelas mensais de acordo suas possibilidades. Assim, segundo o empresário, o empregado garantiria o futuro da família.

Dominado pelo espírito empreendedor, Thomaz manteve a sua decisão e deixou a empresa em 1936. Mesmo contrariado no seu desejo de não perder o empregado, o empresário concordou em vender em condições favoráveis uma grande área no bairro Boa Vista para o ex-empregado instalar seu empreendimento.

Enquanto a nova casa estava e construção a família morou em imóvel de propriedade da família Richlin na atual rua Albano Schmidt proximidades do local onde depois foi aberta a rua Conselheiro Lafayete. Lá nasceu o 10º filho, levado pia batismal por Emilio Stock Sênior, uma demonstração de reconhecimento de Thomaz, ao empresário.

Enquanto era construída  a nova casa, com sótão e dimensionada para abrigar a família agora composta de 11 pessoas (uma filha havia falecido quando a família morava ainda em São José) Thomaz e Etelvino se ocupavam com a instalação de tornos e outros equipamentos para a produção de louças de barro, no galpão já concluído.

O ano de 1936 não tinha ainda chegado ao fim quando a família entrava na nova casa construída em madeira. A olaria, uma das primeiras indústrias do bairro Boa Vista, já instalada incluindo o forno, começava a produzir. Foi a primeira indústria do gênero em Joinville.

Com o passar do tempo houve a necessidade de sondar novos mercados para a produção que crescia com a contratação de oleiro da Ponta de Baixo, primo de Thomaz. Toda a produção de vasos era comercializada em Joinville com destaque para os vasos especiais para cultivo de orquídeas. Como a grande maioria da população de Joinville era formada por pessoas de origem alemã, não habituada ao uso de louças de barro, a venda de peças utilitárias como potes, panelas, alguidares, pratos, canecas, leiteiras, urinóis, caçarola, mata-fome, boião, moringa, sopeira, açucareiro, frigideira, bule, chaleira, xícara e outras peças, não correspondiam. Havia a necessidade de sondar novos mercados.

Um mercado promissor identificado por Thomaz esbarrou na logística. A carroça de Alfredo Sell, utilizada para entregas em Joinville tornou-se inviável para o transporte intermunicipal. Pela fragilidade e elevado peso das louças o transporte por ferrovia também foi descartado.

O meio encontrado para o transporte de louças de barro para abastecer o novo  mercado expõe Thomaz e Etelvino a riscos inimagináveis que se transformam em verdadeiros pesadelos para Maria Francisca.
Juntamente com o pai, Etelvino começava a conviver com o perigo cumprindo o destino reservado aos heróis. Não perca o próximo capítulo!
Novas postagens às segundas-feiras.



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